Uma parte que me deixa à parte
Ninguém curte
Unicamente surto
Pelo vão, pela via
Pedaço, de extrema ungia
Nem costas, nem seio
Sem nomes, batizo
Nem seio, nem costas
Sem afetos, consigo-os
Nem meio, nem lastro
Tão quanto embaixo
Nem lastro, nem ponta
Nem meio
Toda corja de cortejos
Sejam cortados.
Mas me deixa torto e tonto
Essa parte inominável
Que delega o denso nível
Do pedaço admirável
Centímetros quadrados
Em desejos redondos
Um milésimo, irrecusável
Nem nada, nem tudo
Tudo...
...nada é meu tudo de nada
Nada posso...
Além de sonhar:
Sonho...
Nem costas, nem seio
Tão quanto me caço
Nem seio, nem costas
Sensível abraço
Só o que posso
E assim mereço
Tocar-te...
Te tocar mais calmo
Te falar com medo
Que entre costa e seio
Nada mais é tudo
Apenas um receio
De tocar-lhe o meio
Entre o céu e o mar
Num pedaço inalcançável
Feito o horizonte.
Texto antigo. De Julho do ano passado. Mas afinal, recordar...
Obrigado pela visita. Volte sempre.
Um comentário:
Eu lembro desse texto antigo!
=]
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