um infinito de porquês eternos
poderíamos arrotar durante horas
argumentando o que não tem porquê
ou catando razões no paliteiro
para tirar dos dentes aquelas verdades incômodas
falamos na língua mais presa
e os pés medem o mesmo tamanho
somos quase iguais e quase somos nós
no limite do sucesso particular
e na beira do abismo psicológico
entre o que todo mundo é
e o que esse mesmo todo mundo condena ser
a loucura bate na porta
mendiga porquês
ignorar é um bom passo
mas daqui a pouco nem pão
nem mão, a desigualdade te toma o braço
e nessa brincadeira, quem é você?
e quem sou eu, nessa encruzilhada para ratos?
a resposta mais coerente me parece ser: tanto faz.
Tanto Faz
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6 comentários:
Você compôs?
Fantástico. Me diz muito no momento.
Gostaria de postar esse poema no meu blog, que tal? Está convidado.
http://vozdeeco.blogspot.com
(iriene borges)
é, esse foi fantástico rapaz!
"ou catando razões no paliteiro
para tirar dos dentes aquelas verdades incomodas".
parei aí... e reli. esses dias usei fio dental para deixar mais que limpo, rss.
adoro metáforas. é inspiração com imaginação.
Então como fazemos?
me manda pelo e-mail?
vozdeeco@hotmail.com
Iriene Borges
hmmmm.
Vou ter que roubar??
beijos
Seguinte: vim pegar.
Criei um novo blog, só para poder acomodar os meu amigos de letras.
Vc está convidado:
Http://parcasentrelinhas.blogspot.com
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