Nas solidões em que me perco
Todo corpo é uma fuga
E sempre fujo, corpo sujo
E assim me perco em mais outra solidão
Em madrugadas ligeiras
Só os versos me acompanham
Só a foice mostra a face
Só a força agüenta e deita
Nas solidões em que me acho
Rezo um terço em plena terça
E amanheço em outro quarto
Quando não, ajoelhado na esquina
E nas tardes traiçoeiras
Bebo a dor de mais um dia
Digo aos outros mil mentiras
E assim recebo tantas mais
Pois nas solidões em que me encontro
Todo verbo é o traço da meada
E os fiascos de ilusão compõem
Meu único motivo para amanha, amanhecer...
Um comentário:
iradissimo
gostei muito dos finais das ultimas estrofes.
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